A SATA, companhia aérea dos
açores é uma empresa que apregoa o seu compromisso com a
sustentabilidade, o respeito pela biodiversidade, a solidariedade
social, o apoio o à cultura mas que simultaneamente possui
uma prática de apoio à tortura de animais, traduzida nas parcerias que
tem feito com a Tertúlia Tauromáquica Terceirense através da
disponibilização de pacotes que incluem ingressos para touradas de praça
durante as sanjoaninas.
Como se isto não bastasse, a SATA acabou de
remeter um e-mail aos seus clientes com o assunto OLÉ! No qual faz a
promoção de viagens Açores-Madrid pelo preço mínimo de 199€,
apresentando como imagem uma praça de touros.
Manifeste à SATA o seu descontentamento, enviando o texto abaixo ou outro da sua autoria.
SRTT-Info@azores.gov.pt
contacto@sata.pt
Exmo Senhor Secretário Regional do Turismo e Transportes
Exmo Senhor Presidente do Grupo SATA
Tendo conhecimento que a SATA tem promovido a tortura de animais de que
são exemplo as parcerias que tem feito com a Tertúlia Tauromáquica
Terceirense, através da disponibilização de pacotes que incluem
ingressos para touradas de praça durante as sanjoaninas e a recente
promoção de viagens Açores-Madrid pelo preço mínimo de 199€,
apresentando como imagem uma praça de touros, venho manifestar o meu
profundo repúdio.
Em vez de promover e apoiar touradas de praça, uma
barbaridade condenada por todas as pessoas cultas e sensíveis e cada
vez mais repudiada em todo o mundo civilizado, a SATA deveria
demarcar-se de tal atividade e promover o respeito pelo bem-estar e
pelos direitos dos animais.
Além disso, a SATA e o Governo Regional
que a tutela, deveriam promover os Açores, implementando preços de
viagens mais acessíveis a quem nos quer visitar e cumprir as promessas
de baixar os custos das viagens, nomeadamente para todos os que são
obrigados a deslocar-se por motivos de saúde para fora da Região e a
todos os açorianos que pretendem deslocar-se às terras onde se encontram
espalhados pelo mundo os seus familiares.
Cumprimentos
quinta-feira, 17 de julho de 2014
sábado, 5 de julho de 2014
Mortes e feridos
Correio dos Açores, 5 de Julho de 2014
Não mais mortos e feridos nas touradas à corda
O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) lamenta profundamente a morte de mais uma pessoa, neste caso, a de um homem de 62 anos, durante a realização de uma tourada à corda na ilha de São Jorge. Esta morte é mais uma que vem somar-se à de um homem de 78 anos na ilha da Graciosa, em 2013, e à morte de um homem na ilha do Pico, em 2012. Assim, a trágica estatística das mortes nas touradas à corda na região situa-se, no mínimo, numa pessoa morta por ano.
Para além das pessoas que morrem, o número de feridos graves nas touradas à corda é bastante maior, como indicam os casos que chegam a ser conhecidos apesar de, no geral, raramente serem noticiados. No total, o número de feridos graves e ligeiros nos Açores como consequência das touradas à corda estima-se em mais de 300 em cada ano.
Estes números são necessariamente aproximados em virtude dos feridos e mesmo dos mortos resultantes das touradas à corda, não serem mencionados, na maioria das vezes pela comunicação social. Aliás, é lamentável que, no caso da pessoa recentemente falecida em São Jorge, a comunicação social tenha centrado a notícia exclusivamente nas dificuldades da evacuação médica, que não contestamos, chegando mesmo a não referir, muitas vezes, que a causa primeira da morte foram os ferimentos ocasionados durante uma tourada.
Todas estas mortes inúteis e todos estes numerosos feridos, graves ou ligeiros, poderiam ser facilmente evitados com a definitiva abolição das touradas nos Açores e a sua substituição por eventos culturais que, longe de cultivar a violência e a morte, fomentassem a alegria de viver e o respeito pelas pessoas e pelos animais. É cada vez mais evidente, nos Açores e em todo o mundo, que está na hora de acabar com esta barbárie absurda e sem sentido, permitindo aos povos evoluir e entrar definitivamente num progresso cultural próprio do século XXI.
Porém, longe deste entendimento, as touradas à corda continuam a receber apoios públicos por parte do governo regional e das autarquias açorianas. Os governantes fecham os olhos à realidade e parecem varrer os mortos e os feridos para baixo do tapete.
Mas, ainda são também de lamentar as outras vítimas das touradas à corda: os touros. Infelizmente não são raros os casos de animais que chegam a morrer durante as touradas. São conhecidos casos de touros que morreram de esgotamento e outros que morrem ao embaterem contra um muro. São frequentes também os casos de animais que acabam gravemente feridos, perdendo um ou os dois cornos ao embaterem contra as paredes e muros, ou partindo ossos ao escorregar ou saltar nas ruas. É, ainda, comum ver touros com ferimentos, sangrando e sem que por isso se interrompa a festa.
Apesar de tudo isto, lamenta-se que alguns políticos ainda considerem as touradas como simples “brincadeiras” com os animais.
Partilhando o sentir da maioria da sociedade açoriana, o MCATA considera que não é admissível haver mais nenhuma morte nem mais feridos por causa das touradas à corda.
Por último, o MCATA apela às entidades que têm responsabilidade na matéria para que atuem sem mais demora.
Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
02/07/2014
Subscrever:
Mensagens (Atom)